As mulheres estão cada vez mais inseridas no Jornalismo Esportivo e, por esse motivo, não poderia faltar uma mesa para debater como o sexo feminino vem vencendo o preconceito e mostrando que futebol não é só para homem.
Camila Carelli, Martha Esteves, Débora Gares e Renata Graciano, mediadas pela diretora de Comunicação e Marketing da ACERJ, Cristina Dissat, falaram sobre seus trabalhos e como passaram por cima disso tudo com muito talento.
Martha Esteves, subeditora de esportes do jornal O Dia e com um currículo de 30 anos de jornalismo, falou da diferença de épocas na cobertura esportiva feita por mulheres e sobre ela servir de exemplo para as novas profissionais. “Acho que dentro das empresas jornalísticas mudou muita coisa. O Dia é um jornal muito aberto. Não existe a expressão ‘mulher não pode’. Acho que a mulher trabalha com mais cuidado, mais capricho. Quando realmente parar com tudo, vou ter uma noção de quantas meninas, de alguma forma, eu ajudei a abrir caminho” – Martha Esteves.
Sobre as formas de preconceito as opiniões as opiniões se dividiram um pouco. Algumas palestrantes apontaram os colegas como mais preconceituosos enquanto outras mencionaram problemas com jogadores, dirigentes e comissões técnicas. Também falaram o quanto as críticas fazem com que as mulheres se afastem das funções de formadoras de opiniões.
“Toda forma de opressão acaba afastando. É uma coisa que nós mesmas podemos mudar. Posso transmitir para os meus filhos a paixão por futebol. Posso ensinar minha filha a jogar futebol e também brincar de boneca”, comentou Camila Carelli, repórter da Rádio Globo.
As mulheres ainda são vistas como uma atração à parte no Jornalismo Esportivo, por serem rostos “mais agradáveis” para, por exemplo, a televisão, como foi mencionado pelas debatedoras. A jornalista Débora Gares, repórter da ESPN, atentou para o fato do preconceito vir também das mulheres, por ser um problema cultural.
Apesar de ainda existir, é notório que esse conceito vem diminuindo com o passar do tempo e isso se dá principalmente pela forma como as jornalistas têm mostrado capacidade e profissionalismo.
“Preconceito cada vez menos e geralmente é de quem não merece nem atenção. Porque de quem conhece e convive está cada vez menor”, frisou Renata Graciano, colunista do site Donas da Bola.
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