Por José Rezende
O jornalista Armando Nogueira, nascido em Xapuri, no estado do Acre, no dia 14 de janeiro de 1927, há 5 anos, no dia 29 de março de 2010, deixava imensa lacuna no jornalismo brasileiro. Sua morte trouxe grande consternação entre seus companheiros e na imensa legião de admiradores que conquistou nos seus 60 anos de carreira.
O início de sua brilhante trajetória foi na seção de esportes do Diário Carioca, quando como repórter cobriu a Copa do Mundo de 1950. Armando trabalhou em vários jornais, revistas e emissoras de televisão. No Jornal do Brasil escrevia com raro brilhantismo a coluna “Na grande área”.
Em 1965, contratado pela TV Globo, Armando permaneceu na emissora durante 25 anos. Liderou a equipe que criou o Jornal Nacional e foi um dos integrantes da famosa Resenha Esportiva Facit ao lado de João Saldanha, José Maria Scassa, Nelson Rodrigues, Vitorino Vieira.
Amante do futebol cobriu 15 Copas do Mundo. Em 1958, na Suécia, seu amigo Nilton Santos o puxou pelo braço para participar da volta olímpica dos campeões mundiais. Admirador do futebol de Garricha, de Nilton Santos, craques do seu Botafogo, e de Pelé para ele o jogador mais completo do mundo, Armando escreveu:
- “Para Garrincha, a superfície de um lenço era um latifúndio”.
- “Se Pelé não tivesse nascido gente, teria nascido bola”
- “Tu, em campo, parecias tantos,
E, no entanto, que encanto!
Eras um só, Nilton Santos”.
No dia 29 de março de 2010, Armando Nogueira foi velado na Tribuna de Honra do Maracanã, onde viveu momentos que o inspiraram para escrever seus textos que encantaram gerações.
- Em 1956, o repórter Armando Nogueira conversa com Flávio Costa, no vestiário do Maracanã.
- José Carlos Araújo e Armando Nogueira.
- Pelé, Armando Nogueira e a bola.
- A homenagem do Botafogo ao grande jornalista e ao ilustre torcedor.