Por José Rezende
A classe, a elegância, a precisão nos passes inspiraram o grande e saudoso Waldir Amaral a chamar Carlinhos de “violino”. O cidadão Luiz Carlos Nunes da Silva era uma pessoa simples, discreta. A fala mansa transmitia paz. Tivemos a oportunidade de acompanhar sua trajetória no futebol dedicada inteiramente ao Flamengo.
Os títulos conquistados demonstram o quanto ele foi vitorioso na sua vida profissional: campeão estadual (1963 e 1965); campeão do Torneio Rio São Paulo (1961); como técnico levou o Flamengo aos títulos estaduais e brasileiros de 1991, 1999 e 2000 (estaduais) e 1983, 1987 e 1992 (brasileiros) além da Taça Merscosul em 1999.
Carlinhos jogou pela Seleção Brasileira apenas uma vez quando enfrentou Portugal, na Taça das Nações, em 7 de junho de 1964, no Maracanã. Antes, em 1962, fez parte da relação dos 41 convocados para a preparação com vistas a Copa do Mundo, no Chile. Aymoré Moreira preferiu levar para o mundial Zequinha, do Palmeiras, como reserva de Zito.
Apresentamos alguns momentos da carreira de Carlinhos, o “violino”. Agora é só lembranças e saudades:
- Em 1956, capitão da equipe juvenil na decisão com o Bangu, em General Severiano. O Flamengo iniciava a série do tricampeonato carioca da categoria.
- Equipe do Flamengo antes da partida decisiva com o Bangu. Carlinhos é o 3º em pé a partir da esquerda.
- Carlinhos ao lado de Fleitas Solich com alguns companheiros do elenco juvenil, em 1957. O primeiro a partir da esquerda é Joubert e o quarto é Amarildo.
- Antes de um treino dos profissionais, Carlinhos conversa com Jaime de Almeida, em 1959.
- Uma das formações do Flamengo em 1961, ano da conquista do Torneio Rio São Paulo: Joubert, Ari, Monin, Jadir, Carlinhos e Jordan; Luiz Luz, Oton, Moacir, Henrique, Gerson e Babá.
- Carlinhos antes de um treino da seleção brasileira: Djalma Santos, Marcial, Roberto Dias, Clóvis, Carlinhos e Rildo; Julinho, Gerson, Vavá, Airton e Pepe.
- Flamengo campeão estadual de 1963: Luiz Luz, Murilo, Marcial, Ananias, Luiz Carlos, Carlinhos e Paulo Henrique; Espanhol, Nelsinho, Airton, Geraldo e Osvaldo.
- Time do Flamengo na temporada de 1968.
- Carlinhos se despediu dos gramados em 1969, entregando suas chuteiras para o garoto Zico, que se tornaria o maior ídolo da história do Flamengo.
- Gerson e Carlinhos formaram o meio campo rubro-negro até a saída do “canhotinha de ouro” para o Botafogo em 1963.
- Nelsinho substituiu Gerson e passou a fazer dupla com Carlinhos.
- A caricatura com o escudo do Flamengo, servindo de violino, foi uma bela e significativa homenagem do autor e do Diário Esportivo Lance a Carlinhos.