Nesta terça-feira (25) a diretoria da ACERJ foi recebida em São Januário pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda. No encontro, foram tratadas questões relativas à segurança e integridade dos profissionais de imprensa no estádio, que foram colocadas à prova nos graves incidentes ocorridos no último clássico entre Vasco e Flamengo.
Antes do encontro com Eurico, o presidente da ACERJ, Eraldo Leite, e o vice, Ricardo Gonzalez, se reuniram com o assessor de imprensa do Vasco, Roberto Garófalo, e com o assessor especial da presidência, Ricardo Vasconcellos, onde foram acertadas medidas operacionais a serem tomadas:
- buscar a aprovação da CBF para que a imprensa passe por um pequeno trecho do gramado (não do campo de jogo) até o início do protocolo da CBF, entrando pelo vestiário da base e subindo às cabines, para que não haja o contato com o público.
- construção de um muro no terceiro degrau da arquibancada, de cima para baixo, à frente das cabines, para evitar invasões.
- estudo de medida para deixar menos exposto o repórter cinematográfico que capta os impedimentos e fica no meio da torcida do Vasco (provavelmente com a colocação de dois seguranças do clube no local).
- possível mudança do camarote da imprensa escrita, com pedido da ACERJ para a presença de seguranças no novo local.
Também foi tratada a questão da responsabilidade sobre a segurança nos jogos do Vasco. E Ricardo Vasconcellos foi bastante claro ao informar que essa é uma atribuição do Vasco, e não da Polícia Militar. Segundo ele, o Vasco não terceiriza o serviço com uma empresa do setor, são profissionais designados pelo clube.
Na reunião com Eurico, Eraldo Leite apresentou o desejo da ACERJ de uma maior integração com os clubes e de maior acesso dos jornalistas a treinos e jogadores. O presidente do Vasco fez críticas à abordagem de alguns temas relativos ao clube por parte da mídia, aos comentários de alguns jornalistas, mas garantiu que já autorizou a volta de alguns treinos abertos – medida que ainda está sendo viabilizada. Foi colocada na pauta, ainda, a restrição a alguns órgãos de Imprensa ou jornalistas, fato que gera grande animosidade. Eurico explicou os motivos de sua irritação, mas não negou o pedido da ACERJ. Passou a questão para o assessor Roberto Garófalo e vamos voltar ao tema com ele.
A diretoria da ACERJ avalia que o encontro foi proveitoso, na medida em que, primeiro, houve uma aproximação com o Vasco, segundo, porque medidas de segurança serão tomadas a curto prazo. E finalmente porque, ao menos nesse primeiro encontro, ficou estabelecido um canal importante com a assessoria de imprensa do clube para que sejam tratadas questões pontuais do interesse dos jornalistas na cobertura do Vasco.